Ensino da Natação

O posicionamento do professor na piscina e a condução das aulas de natação

Parte 3

Essa é a terceira parte de um texto que falo sobre o posicionamento do professor na piscina e a condução das aulas de natação.

Para assistir a primeira parte clique aqui.

Para assistir a segunda parte clique aqui.

As Turmas de Aperfeiçoamento dos Nados Formais

 Chegamos finalmente à turma de aperfeiçoamento dos nados formais. Aqui, geralmente, apesar de o aluno já estar fazendo o aperfeiçoamento dos nados Crawl e Costas, pode ser que ainda esteja aprendendo o Peito e o Borboleta. Na melhor das hipóteses o domínio técnico dos nados Peito e Borboleta estará um nível atrás daquele dos nados Crawl e Costas.

Por isso é importante que o professor utilize do espaço da piscina de forma racional, levando em consideração aquilo que deve ser ensinado para os alunos. Assim, para alguns nados ou exercícios de aprendizagem, usar uma maior distância de repetição pode ser interessante – mas para outros não.

Muito possivelmente os exercícios dos nados Peito e Borboleta, e até mesmo alguns do Crawl e do Costas, devam ser realizados em distâncias menores. Lembre-se que queremos repetir o acerto, não o erro.

Reconhecendo essa realidade, então, fiz os dois esquemas que estão na Figura 3.

No esquema A (Figura 3) os alunos nadam na maior distância da piscina. Aqui no caso são os 25 m, mas poderia ser qualquer distância. Eu já trabalhei em uma piscina que tinha 33 m de comprimento e 17 m de largura.

Relembro que o mais importante é perceber se a distância de nado/repetição está adequada para o que se pretende ensinar e para quem se pretende ensinar. Se a distância for considerada grande, pode-se adotar a estratégia da Figura 2, onde os alunos nadam na lateral da piscina, ou a estratégia da Figura 3B.

Nos dois casos o importante é perceber que a distância que a piscina “sugere” não precisa ser obrigatoriamente aquela que o aluno deve nadar. No esquema B da Figura 3, por exemplo, os alunos realizam a atividade até o meio da piscina, para que possam descansar e receber as orientações do professor. Depois eles podem continuar ao percurso ou retornar ao ponto de partida.

Independentemente da proposta assumida (na Figura 3), perceba que o professor está constantemente se movimentando ao redor da piscina para que possa buscar um melhor posicionamento de explicação da atividade (ser visto e ouvido; ver e ouvir os alunos) e de visualização daquilo que está sendo realizado pelos alunos.

Esse conjunto (o que deve ser feito e o que realmente foi feito) permitirá que o professor, na próxima repetição, passe novas orientações aos alunos e até mesmo adapte o exercício proposto – se for necessário. O objetivo é aproximar aquilo que foi feito daquilo que deveria ser feito.

 

CONCLUSÃO

Nessa discussão eu apresentei para você algumas preocupações que o professor deve ter na condução da sua aula de natação; focando mais especificamente na utilização do espaço da piscina e na importância do posicionamento do professor durante as aulas.

As propostas apresentadas não devem ser encaradas de maneira rígida e acrítica. São apenas sugestões gerais para que você se atente a importância desses dois pontos, pois infelizmente, eles não são discutidos nos livros que tratam do ensino da natação.

A partir desse entendimento, avalie as suas condições de ensino para que você saiba o que fazer em cada situação e amplie as possibilidades de ensino da natação.

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